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Entre os dias 28 de julho e 1º de agosto, integrantes do Instituto Mondó participaram do curso de formação de multiplicadores na tecnologia Sisteminha Embrapa/UFU/Fapemig, realizado na sede da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém (PA). A capacitação, organizada pelas Unidades da Embrapa no Pará e no Maranhão, contou com 32 horas de aulas teóricas e práticas ministradas pelo pesquisador Luiz Guilherme, idealizador da tecnologia.
O Sisteminha Embrapa é uma tecnologia social voltada para o combate à fome no meio rural, que integra produção de peixes, criação de galinhas e cultivo de hortaliças e frutas em pequenas áreas, com baixo custo e alta eficiência. A proposta é garantir alimentação saudável para uma família de até cinco pessoas, além de gerar oportunidades de renda extra.
“O Sisteminha é estruturado de forma modular, sendo possível adaptar os elementos do projeto às diferentes realidades. O módulo de piscicultura, por exemplo, pode produzir 30 quilos de peixe a cada três ou quatro meses, enquanto o galinheiro tem potencial para gerar até 18 ovos por dia durante um ano. Além disso, os resíduos desses módulos são aproveitados para produzir composto orgânico, que serve como adubo para o módulo vegetal”, explica o pesquisador Luiz Guilherme.
A tecnologia, que já vem sendo aplicada em outras regiões do país, passa agora a ser difundida também na Amazônia, com a instalação de um Sisteminha completo na sede da Embrapa Amazônia Oriental, que será um polo irradiador dessa inovação social no Norte do Brasil.

(Foto: Arquivo / Instituto Mondó)
Para o Instituto Mondó, a participação no curso representa mais do que aprendizado técnico: é a oportunidade de levar soluções práticas às comunidades atendidas no arquipélago do Marajó, onde a instituição atua em quatro dimensões – Saúde, Educação, Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura.
“A formação fortalece ainda mais o vínculo entre a instituição e as famílias atendidas pelo programa Rede +. Ela nos permite oferecer um acompanhamento mais qualificado e preparados para escutar, orientar e apoiar cada família de acordo com suas realidades. Com isso, esperamos que as famílias possam produzir o próprio alimento de forma saudável, gerar uma renda extra e conquistar mais autonomia. Essa formação significa levar soluções reais para dentro das comunidades, fortalecendo a segurança alimentar”, afirma Karen Araújo, integrante do Núcleo de Saúde e Infraestrutura do Instituto Mondó e uma das participantes da capacitação.

(Foto: Arquivo / Instituto Mondó)
Com a expertise adquirida no curso, o Instituto Mondó pretende multiplicar a tecnologia do Sisteminha nas comunidades do Marajó, promovendo autonomia produtiva, melhoria da qualidade de vida e segurança alimentar para as famílias beneficiadas.
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