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Em uma manhã marcada por entusiasmo e descobertas, alunos da rede pública do Pará foram os primeiros a inaugurar o auditório do JAQ H1. A embarcação do JAQ Apoio Marítimo foi apresentada com toda a hotelaria, iluminação, climatização e sistemas internos já preparados para operar com hidrogênio — tecnologia que, em sua próxima fase, incluirá um motor com 20% de hidrogênio na mistura e capacidade de reduzir em até 80% as emissões de CO₂.
A visita, realizada no dia 11 (terça-feira), durante a COP30, foi organizada e conduzida pelo Instituto Mondó, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc). A atividade integra o esforço contínuo do Instituto para democratizar o acesso ao conhecimento científico e fortalecer a educação ambiental como ferramenta de transformação social na Amazônia.
Ao abrir o laboratório flutuante para estudantes da rede pública, o Instituto Mondó reforçou seu papel como ponte entre inovação, ciência e juventude amazônica. Os participantes puderam conhecer de perto a tecnologia pioneira do JAQ H1, vivenciar o funcionamento da embarcação e participar de um painel sobre educação ambiental e mudanças climáticas. Para muitos deles, foi o primeiro contato com uma solução real de energia limpa — experiência que, para o Mondó, simboliza a conexão entre a transição energética e os jovens que moldarão o futuro do país.

Estudantes da rede pública de ensino do Pará participando de palestra. (Foto: André Pimentel / Instituto Mondó)
“Eu diria que é o momento mais emocionante para nós, por estar recebendo alunos das redes estadual e municipal aqui”, destacou Cila Schulman, CEO do JAQ Apoio Marítimo.
Durante a atividade, os estudantes também apresentaram projetos desenvolvidos em suas escolas, incluindo iniciativas premiadas na Olimpíada Nacional de Eficiência Energética e a criação de uma placa de controle térmico feita a partir do caroço de açaí — evidências do potencial criativo e científico existente na rede pública paraense, que o Instituto Mondó tem buscado incentivar em suas ações.
“Esse barco tem o futuro brilhante porque navega pelas águas usando o hidrogênio, uma energia que não causa danos à natureza”, destaca Joana Acácio, medalhista de ouro na Olimpíada Nacional de Eficiência Energética.

Joana Acácio, aluna e medalhista de ouro na Olimpíada Nacional de Eficiência Energética. (Foto: André Pimentel / Instituto Mondó)
Para o Instituto Mondó, a participação dos estudantes confirma sua missão de promover desenvolvimento social, econômico, ambiental e cultural em regiões vulneráveis, especialmente na Amazônia. A diretora de Relações Internacionais da instituição, Julia Jungmann, ressaltou que “esses jovens, em suas escolas, já estão pensando em soluções verdes”, e que, com a iniciativa, puderam “ver na prática como é uma solução que causa impacto na vida das pessoas”.
Apresentado pela primeira vez na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, o JAQ H1 simboliza uma nova era de navegação limpa e responsável. Idealizado por Ernani Paciornik, presidente do Grupo Náutica, ao longo de cinco décadas, o barco de 36 metros foi concebido como um laboratório flutuante voltado para pesquisas e ações educativas nos biomas brasileiros.
Para Schulman, a presença dos alunos nesse momento inaugural reforça o simbolismo do projeto: conectar a geração que conduz a transição energética com aquela que assumirá o protagonismo na preservação ambiental. “É a geração do futuro, a geração que de fato vai parar de poluir. Nós estamos fazendo a transição energética. Eu espero que no mundo dessas crianças a gente já tenha superado essas questões ambientais”, ressaltou.
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