Rede Mondó e Instituto Fome de Tudo levam mais de seis mil vacinas contra gripe a Breves
Mais de seis mil doses de vacinas foram entregues à população de Breves, município do Arquipélago do Marajó (PA), com o objetivo de reforçar a...
Nos dias 24 e 25 de novembro, o município de Breves, na Ilha do Marajó, sediou o Fórum de Segurança Alimentar – Alimentação é Vida: Sabores, Saberes e Sustentabilidade do Marajó, um encontro aberto ao público que discutiu estratégias para o fortalecimento das políticas de segurança alimentar e nutricional e para o avanço da agricultura familiar na região.
Realizado no Auditório do EETEPA e no CRAS do Aeroporto, o evento reuniu representantes de instituições públicas, pesquisadores, cooperativas, profissionais de saúde e comunidades tradicionais em um amplo espaço de diálogo e troca de conhecimentos. Ao longo do primeiro dia, os participantes acompanharam debates sobre desigualdades territoriais, o papel da agricultura familiar no enfrentamento à insegurança alimentar e a importância das cooperativas na promoção de sistemas alimentares sustentáveis. Também houve o lançamento da Cartilha dos Quintais Produtivos e um painel intersetorial com órgãos municipais e estaduais, reforçando a necessidade de ações conjuntas na região.

Estudantes da EETEPA participam de palestras no evento (Foto: Arquivo / Instituto Mondó)
O segundo dia foi voltado à comunidade local, especialmente ao público idoso, e promoveu uma programação interativa com foco na valorização dos saberes tradicionais. Palestras, rodas de conversa e atividades práticas conduzidas pela CAFAR – Cooperativa da Agricultura Familiar Agroextrativista Regional e pela nutricionista Cibele Brasil aproximaram os participantes de temas como alimentação saudável, sustentabilidade e produção local, incentivando práticas alimentares acessíveis, culturalmente enraizadas e alinhadas ao meio ambiente.
A participação de agricultores familiares teve papel central no Fórum — e foi destacada por Edna Barbosa Araújo, agricultora da região. Para ela, o encontro contribuiu para ampliar o entendimento da população sobre o tema e valorizar produtos e práticas da agricultura local. “Um evento como esse é muito importante porque trata da agricultura, da segurança alimentar, dos produtos de qualidade e também das informações e do reconhecimento sobre o tema. Às vezes as pessoas falam muito de segurança alimentar, mas muitos ainda não sabem o que ela significa”, afirmou. Edna também ressaltou a importância de demonstrar, na prática, o vínculo entre agricultura familiar e preservação ambiental: “Trouxemos nossos produtos para mostrar parte do que representa a segurança alimentar e também o cuidado com o meio ambiente, que a gente protege. Isso é muito importante para nós”, completou.

A agricultora, Edna Barbosa Araújo, fala sobre agricultura familiar e preservação ambiental (Foto: Arquivo / Instituto Mondó)
Para Amandio Oliveira, coordenador de projetos do Instituto Mondó, o Fórum também teve papel fundamental na disseminação de conceitos essenciais para o debate público. Segundo ele, a programação buscou esclarecer de forma simples e acessível o que significam segurança e insegurança alimentar, aproximando esses conceitos da realidade das famílias marajoaras. Ele destacou ainda a relevância dos quintais produtivos — ou quintais agroecológicos — na transformação das comunidades. “Esses sistemas de produção familiar visam a segurança alimentar, fornecendo alimentos de qualidade, renda extra e promovendo o uso sustentável da terra. Eles são uma estratégia importante para combater a insegurança alimentar em comunidades como as do Marajó”, explicou.
Já para Franci Lima, nutricionista e coordenadora do núcleo de saúde, moradia, energia e água (MEA) do Instituto Mondó, o Fórum representou um marco importante no fortalecimento dessa agenda no município. Ela destacou que o encontro funcionou como um ponto de partida para articular parceiros e consolidar ações já desenvolvidas na região. “O Fórum teve por objetivo falar sobre a segurança alimentar aqui no município de Breves. Foi um pontapé inicial que o Instituto Mondó idealizou juntamente com seus parceiros locais a fim de fortalecer essa pauta”, afirmou. Segundo ela, o Instituto acompanha famílias em situação de extrema pobreza, e iniciativas como essa contribuem para impulsionar mudanças concretas: “Que cada vez mais elas possam sair dessa situação a partir das nossas atuações intersetoriais.”

Franci Lima, nutricionista e coordenadora do núcleo de saúde, moradia, energia e água (MEA) do Instituto Mondó, destaca que esse é um ponto de partida para consolidar ações na região (Foto: Arquivo / Instituto Mondó)
Com a realização do Fórum, o Instituto Mondó reforçou seu compromisso com a promoção da segurança alimentar no Marajó e com o fortalecimento de políticas públicas capazes de transformar realidades. Ao reunir especialistas, gestores, agricultores familiares e a comunidade, a instituição reafirmou sua missão de impulsionar ações integradas que valorizem os saberes tradicionais, promovam alimentação saudável e fortaleçam a autonomia das famílias marajoaras. O evento marcou mais um passo na construção de soluções sustentáveis e de longo prazo para garantir o direito humano à alimentação adequada na região.
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